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Ambiente profissional: dicas para auxiliar colaboradores - BusUp

Escrito por BusUp | Apr 20, 2022 11:00:00 PM

Entenda como gestores de RH podem contribuir para um melhor ambiente profissional

Ter um ambiente profissional saudável era apenas um desejo há algumas décadas, hoje é pré-requisito essencial para a inserção de bons profissionais nas empresas. Segundo a pesquisa FIA Employee Experience de 2020, dentre 150 mil colaboradores entrevistados, 27% dos trabalhadores brasileiros pediriam as contas caso sua empresa atual não reconhecesse o seu valor. Ou seja, quase um em cada quarto dos profissionais do país.

Além do fatídico enfraquecimento da relação entre empregador e empregado, o descompromisso de uma empresa no estímulo ao dia a dia mais saudável gera dificuldade na formação de talentos e constante perda de oportunidades. Esse desgaste traz diversos prejuízos para organização, inclusive financeiros, já que haverá muitos gastos com desligamentos e  turnover. 

Por isso, este artigo mostrará quais os efeitos de um ambiente profissional não saudável e as principais dicas para buscar um ambiente mais harmonioso. Também trará exemplos dos  benefícios diretos dessas ações no dia a dia dos profissionais.

 
O ambiente profissional que favorece o bem-estar dos colaboradores é aquele mais preparado para os desafios do cotidiano.

Qual o impacto de um ambiente profissional não saudável dentro de uma empresa?

É sabido, ao menos entre os profissionais de RH, o papel de cada colaborador e gestor na manutenção do bem-estar de todos. No entanto, pouco se fala sobre quais as principais consequências e impactos de um ambiente que não valorize o profissional. Confira alguns exemplos:

Falta de alinhamento entre colaborador e empresa

Uma pesquisa da consultoria Michael Page indica que deixar de se reconhecer no emprego é o 2º motivo para que as pessoas deixem seus cargos nas empresas. Quando não está claro o que se espera de ambas as partes, há um descompasso que perdura até o momento em que o colaborador é desligado da organização.

Por isso, desde o recrutamento o profissional precisa estudar e conhecer bem a empresa, para ver se ela está de acordo com suas próprias expectativas profissionais. Assim, torna-se menos provável que sua trajetória no ambiente profissional fique desgastada com o tempo.

Aumento de doenças ligadas ao trabalho

Quando há um excesso de trabalho e falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, problemas relacionados ao emprego são maximizados e podem acometer todas as equipes da empresa.

O burnout, por exemplo, já é considerado, pela Organização Mundial de Saúde, uma doença ligada intimamente ao trabalho. O Brasil é o segundo país com mais casos da doença, de acordo com essa pesquisa internacional. Outros problemas causados são: LER — Lesão por esforço repetitivo; surdez temporária ou definitiva; e DORTs — Distúrbios Osteomusculares.

Além do afastamento dos profissionais por longos períodos, o desenvolvimento dessas doenças pode tornar-se causa judicial. Isto onera a empresa não apenas de forma financeira, mas prejudica também  seu propósito e a construção de sua marca.

 

 

Pouco desenvolvimento pessoal e perda de oportunidades de negócio

Uma empresa que considera o colaborador apenas um “botão” dentro de uma indústria será uma fábrica de desestímulos. Com a forte ligação entre autoestima e trabalho, presente nas gerações atuais, é necessário não apenas pensar no desenvolvimento individual de carreiras estabelecidas dentro da organização, mas sim na evolução pessoal dos colaboradores.

Afinal, os profissionais de RH já sabem que as soft skills são as mais difíceis de desenvolver. Além disso, se não há uma presença total do colaborador, não é possível que ele possa sugerir e analisar novas oportunidades de negócio dentro da empresa. 

Incapacidade de reter profissionais que se destacam em suas áreas

Profissionais de destaque só serão atraídos se a organização apresentar boas condições de trabalho. Um exemplo dessa necessidade é o movimento da “grande renúncia”, que abala o mercado de trabalho em diferentes países, como EUA, China e até mesmo o Brasil. 

Neste movimento, profissionais têm deixado seus empregos para encontrar outros, que agreguem mais propósito. Isso, mesmo dentro da crise econômica ainda vivida mundialmente.No Brasil, 49% dos empregados pretendem buscar outra oportunidade de trabalho durante os próximos meses, de acordo com pesquisa da Robert Half. 

Como ajudar na criação de um ambiente profissional mais humanizado?

O profissional do RH não pode fechar os olhos para esses possíveis efeitos, ainda mais por seu papel na gestão de pessoas. Por isso, já existem métodos práticos e de médio e longo prazos que podem auxiliar equipes de diferentes saberes, incluindo suas diversidades e trajetórias profissionais.

Essa não é tarefa de um só profissional, mas os gestores de RH precisam olhar de forma mais estratégica para o tema por conta de seus variados efeitos. Por isso, confira algumas dicas práticas para busca de um ambiente profissional mais atrativo: .

Investimento em comunicação interna mais ágil e transparente

É preciso levar em consideração que existem muitos canais de comunicação dentro da empresa, sejam os oficiais ou os não-oficiais, como a “rádio-corredor”. Por isso, saber as notícias da empresa de modo interno, com o uso da intranet e o repasse direto de informações pelos gestores para suas equipes é essencial.

Levar a diversidade em consideração nos processos seletivos e construção de equipes     

Para obter produtos e serviços realmente conectados com a sociedade, é importante que ela esteja amplamente representada nas equipes de trabalho. Mesmo com essa importância, de acordo com pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil mais de 40% das empresas não investem em programas de diversidade e inclusão.

 

 

Pensar na experiência do colaborador e identificar gargalos

A experiência do usuário é uma das expressões mais relevantes do marketing digital. Pensar em toda a jornada que ele passa até obter seu produto ou serviço faz com que você entenda as dúvidas e os gargalos que ele tem.

Partindo dessa ideia, é possível também pensar em uma “jornada do colaborador”. Entender de forma profunda esse indivíduo aumenta a produtividade e sua satisfação. Por exemplo, saber o modo que é feita a oferta de transporte para colaboradores da sua empresa e buscar o mais qualificado pode aumentar muito a satisfação dos colaboradores..

As ferramentas para isso são muito conhecidas pelos profissionais de RH: pesquisas, formulários e entrevistas. Além disso, é importante analisar os indicadores de produção e produtividade para “desenhar” essa jornada.

Defender abertamente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

 Esse pensamento deve ser assumido como política da empresa. As pessoas precisam viver suas experiências para aumentar seus repertórios culturais e profissionais. Esta pesquisa da Robert Half (2022) indica que 17% dos entrevistados, ao buscarem um emprego, estão em busca de realização pessoal.

Um ambiente de trabalho equilibrado possui algumas características específicas, como: profissionais que cumprem sua jornada de tarefas, folgas e horários respeitados, além de fornecimento de benefícios, como VR e transporte de qualidade.

Apostar em um ambiente profissional que valoriza as pessoas só traz benefícios a todos os envolvidos

No artigo, foram apontadas ações práticas que consideramos possíveis de serem praticadas rapidamente pelas empresas de diferentes portes. As estatísticas mostram que o colaborador anda mais exigente com o cenário a ser oferecido por uma empresa.

A quem apostar nisso, pode-se esperar mais comprometimento, mais identificação e entregas mais inovadoras. Desenvolver um ambiente profissional está ao alcance de todos. 

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