Conheça a premissa do sistema PEPS e melhore o controle dos estoques
Os estoques costumam ser um assunto sensível dentro das empresas, especialmente porque podem representar até 60% dos ativos totais do seu patrimônio. Mesmo assim, muitos gestores não prestam a devida atenção no setor. Alguns não chegam a escolher qualquer método de organização do local. Isso pode gerar sérias consequências, tanto estruturais, quanto financeiras.
Entre as melhores estratégias, está o sistema PEPS. Também conhecido como “primeiro que entra, primeiro que sai”, esse método usa a ordem cronológica para ditar quais serão os primeiros itens a saírem do armazém. Ou seja, com ele há uma gestão eficiente dos suprimentos, o que pode gerar economia de até 10% do faturamento total da empresa.
Essa mudança de pensamento é crucial para o bom desempenho da empresa. Afinal, 73% das organizações já sofreram algum tipo de interrupção de suprimentos, segundo um estudo da Universidade Federal Fluminense. Ao mesmo tempo, a Federação de Comércio de São Paulo (FecomercioSP) identificou que 50,2% dos entrevistados acreditam que os estoques de suas empresas não estão no nível adequado.
Tais cenários estão longe de serem ideais e trazem grandes prejuízos para as empresas. Por isso, é importante conhecer as alternativas que irão ajudar na gestão do estoque. Confira abaixo como o sistema PEPS pode auxiliar este controle.

O que é o sistema PEPS
A sigla vem do inglês First In, First Out (FIFO) e refere-se à técnica que usa a ordem cronológica das entradas para realizar o processo de estocagem dos materiais. Em linhas gerais, isso significa que a prioridade para o despacho são sempre dos lotes que chegaram antes. O objetivo é ter maior controle da armazenagem, especialmente dentro de setor em que o tempo é crucial. Por exemplo, alimentos e outros produtos em que o prazo de validade é essencial para a circulação do item.
Vantagens do sistema PEPS
Quando o sistema PEPS é aplicado dentro das companhias, o propósito inicial é fazer uma gestão eficiente da área de suprimentos. No entanto, os gestores logo percebem que há outras vantagens que este método oferece:
1. Facilita a previsão de demanda
A má gestão do estoque pode provocar dois problemas graves: excesso de itens, o que significa dinheiro parado, ou a sua escassez, que gera perda de vendas. Esses dois dilemas são facilmente resolvidos com a previsão de demanda, que, por sua vez, é facilitada com a aplicação do sistema PEPS.
A implementação desse método permite que os colaboradores deem baixa nos produtos conforme o estoque é consumido. Ao mesmo tempo, garante o controle da velocidade em que isso acontece. Com o uso de sistemas de gestão, essa informação determina quais itens devem ser comprados e com qual frequência para manter o estoque mínimo de segurança.
2. Evita desperdícios
Só em 2017, o varejo brasileiro perdeu 1,29% do faturamento total graças a falhas no manuseio de produtos, vencimento de mercadorias ou furto. Segundo a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas, esse valor equivale a R$ 19,5 bilhões e seria o suficiente para “criar” a sexta maior empresa varejista do país em faturamento.
Como o sistema PEPS prioriza a ordem de chegada, isso traz impactos positivos no aproveitamento dos itens. Com o uso do lote mais antigo, os produtos com data de vencimento mais próximo são os primeiros a sair. Logo, não há produtos expirando dentro do estoque.
Isso acaba resolvendo um problema muito comum, que é a perda de produtos por vencimento do prazo de validade e por deterioração no período em que está em estoque. A Associação Brasileira de Supermercados apontou um prejuízo de R$ 7 bilhões graças à má armazenagem de produtos.
3. Metodologia aprovada pela legislação fiscal e Regulamento do Imposto de Renda
O sistema PEPS não é a única alternativa na gestão da cadeia de suprimentos. Existem três formas de avaliar os custos de estoque em uma entidade:
- Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS);
- Ultimo que entra, primeiro que sai (UEPS);
- Custo médio ou média ponderada móvel.
No entanto, o UEPS não é permitido para fins fiscais de acordo com a legislação do Imposto de Renda. Como o PEPS dá baixa pelo custo da primeira unidade em estoque, o valor de estoque será sempre avaliado pelas últimas compras. Logo, mais próximo de seu valor real.
No caso de um aumento geral de preços, o custo das mercadorias vendidas será feito pelos preços mais antigos, e a tendência é que o resultado será maior do que o atual. Porém, em caso de deflação, serão maiores e o resultado apurado contabilmente será menor do que o real.
Como aplicar o sistema PEPS na empresa
Para implementar a metodologia FIFO, o ambiente precisa estar tecnologicamente equipado. A gestão da Cadeia de Suprimentos gera um aumento de 40% nas taxas de pedidos e 30% na satisfação dos clientes, e é necessário para acompanhar o sistema PEPS.
Esse assunto é diretamente ligado ao Supply Chain 4.0, pois refere-se ao uso de tecnologias para suprir a demanda cada vez mais exigente de serviços. No caso do Sistema PEPS, os gestores precisam de um Warehouse Management System (WMS) para acompanhar as entradas e saídas dos produtos, bem como o vencimento dos mesmos. Por exemplo, o HighJump e o Sistema Easy são alguns dos meus populares no mercado brasileiro.
Em paralelo, os gestores precisam tomar algumas decisões. Uma delas é sobre os produtos de armazenagem que facilitam o fluxo do sistema PEPS, como o Sistema Dinâmico, que garante o aumento de produtividade e alto giro de mercadorias. Já o Sistema de Carro Satélite, também conhecido como Shuttle para paletes, possibilita uma alta densidade de armazenamento e oferece um alto grau de utilização do espaço disponível.
Essas informações ajudam na previsão da demanda e a entender quais são os itens com maior rotatividade. Assim, a empresa pode se organizar com antecedência para atender as curvas de maior demanda.
Impacto da gestão de estoque nas empresas
Engana-se quem pensa que o estoque é só um espaço dentro da empresa. Focar na gestão dessa área significa potencializar os resultados como um todo, pois um estoque organizado facilita o trabalho dos colaboradores e minimiza desperdícios. O ditado “tempo é dinheiro” se aplica nessa situação, especialmente se o capital de giro repousa no inventário da empresa e impede que o gestor invista em outras necessidades.
O sistema PEPS não é o único modelo de gestão de estoque, por isso cabe aos responsáveis analisar as opções disponíveis. No entanto, para quem trabalha com itens perecíveis, essa é mesmo a melhor alternativa. Ao aplicar o FIFO, as chances de perder produtos por causa do vencimento são mínimas, já que os primeiros a entrarem são os primeiros a saírem.
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